domingo, 25 de julho de 2010

Policia prende o ex prefeito e o presidente da camâra de Aurelino Leal

Em cumprimento a um mandado de prisão expedido pelo juiz da Comarca de Aurelino Leal, Glauco Luís, foram presos no final da tarde de ontem, o ex-prefeito de Aurelino Leal, José Augusto Neto, que também já foi vereador e presidente da Câmara Municipal, e Leonardo Ramos Santos, o Léo Biruba, por suspeita de envolvimento na morte do prefeito Gilberto Ramos de Andrade, 48 anos. A Polícia ainda tem outros mandados a cumprir, o que pode esclarecer definitivamente o crime, que agora ganha uma conotação política, em vez da linha anterior, centrada na família da vítima.






Gilberto Ramos

foi morto na BR-101





A linha de investigação da Polícia, para desvendar o mistério que envolve a morte de Gilberto de Andrade, mudou após o coordenador da 6ª Coorpin, Nelis Araújo, unir as peças de um verdadeiro quebra-cabeça e chegar ao veículo utilizado pelos criminosos no dia em que o prefeito foi assassinado o prefeito.

O resultado foi uma reviravolta no caso. "Foram efetuadas essas duas prisões, e ainda será dada continuidade às investigações e a realização de outras prisões. Para isso, equipes de policiais civis da 6ª Coorpin, de Itabuna, juntamente com a 7ª Coorpin, de Ilhéus, têm trabalhado em conjunto para capturar os demais envolvidos. Ainda não podemos revelar, mas já conhecemos a identidade de todos. Já foi decretada a prisão de todos os que tiveram participação", afirma Nelis Araújo, informando que um dos envolvidos, que ele ouviu em outro momento, confessou o delito.

O motivo do crime não foi revelado pelo coordenador da 6ª Coorpin, pelo fato de ainda não ter cumprido todos os mandados de prisão, e de busca e apreensão, mas ele adianta que R$ 20 mil foi o valor pago para que o prefeito de Aurelino Leal fosse assassinado.

Nelis Araújo diz ainda que todos os que tiveram participação na morte de Gilberto Andrade tem inúmeras passagens pela Polícia por envolvimento em assaltos, homicídios e tráfico de drogas. A criação de uma Força Tarefa foi necessária para a elucidação deste assassinato que chocou a população de Aurelino Leal, pelo fato de se tratar de uma pessoa pública, e muito querida na cidade.

O coordenador da 7ª Coorpin, Jorge Luís, se dirigiu a Aurelino Leal para providenciar os mandados junto ao juiz Gláucio Lopes, enquanto a 6ª Coorpin, até então tem realizado prisões e apreensões.

Parte de uma peça do veículo usado pelos assassinos no dia crime, encontrada pela Polícia no local em que o prefeito foi morto, foi a peça-chave para a elucidação do caso. A Polícia rastreou o carro através da numeração, encontrando então, a segunda parte da peça que estava em um GM Corsa Classic, azul, que se encaixou perfeitamente na primeira peça encontrada. O Corsa, de placas JQQ 1427, que segundo informações da Polícia foi locado em Ilhéus, estava na oficina Renascer, localizada na rua da Palmeira, bairro Califórnia.



Explicação

O coordenador da 6ª Coorpin disse ainda que o crime foi tramado no bairro Santo Antônio, em Itabuna, e é enfático quando diz que após cumprir todos os mandados de prisão, explicará o motivo que as duas testemunhas que socorreram o prefeito na BR-101, apontaram a primeira-dama Patrícia Sanches como a mandante do crime. "Durante a execução, para desviar a atenção do caso, os bandidos falaram para Gilberto que a mandante foi a primeira-dama, mas não foi ela a mandante", revela Nelis Araújo.

A primeira-dama Patrícia Sanches, e o seu pai Joaquim Sanches, foram detidos ainda no sábado (5), mesmo dia em que Gilberto Andrade foi assassinado, sob a acusação de terem sido os mentores do crime. Eles foram ouvidos pela Polícia, que achou por bem detê-los por terem entrado em contradição por diversas vezes, mas por se tratar de pessoas públicas, com bons antecedentes e possuir endereço fixo, o juiz Glauco Lopes concedeu a liberdade provisória e eles foram soltos na noite de segunda-feira (7).



Crime

O prefeito Gilberto Ramos de Andrade foi morto na tarde de sábado (5), quando passava pela BR-101, na companhia do sogro Joaquim Sanches. Seu carro, um VW Passat, azul, foi fechado por um veículo que estava ocupado por um grupo de homens. A vítima tinha como destino Itabuna

Fonte Bahia on line

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