sexta-feira, 21 de maio de 2010

Pacto pela restauração da Mata Atlântica busca diretrizes em reunião



Aconteceu em Teixeira de Freitas, durante todo o dia, desta terça-feira, 18 de maio, uma reunião temática que debateu os critérios, princípios e objetivos do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, com o enfoque para “A cadeia produtiva de restauração da Mata Atlântica no Extremo Sul da Bahia. Oportunidades e desafios”. O principal objetivo da reunião foi de estabelecer diretrizes de restauração ecológica na região extremo sul baiana.

O evento reuniu representantes de empresas, ONGs, Instituições Científicas, acadêmicos e imprensa. Segundo o secretário executivo do Pacto, Pedro Castro, o objetivo maior da reunião, foi encontrar maneiras de se fazer ainda melhor aquilo que já está sendo feito, em termos de sustentabilidade e restauração da Mata Atlântica.
A apresentação do programa foi feita pelo coordenador geral do Pacto, Miguel Calmon, que contou que a “primeira semente” para toda essa mobilização que gerou esse movimento coletivo foi “semeada” no Extremo Sul da Bahia, mais precisamente em Porto Seguro/BA, em 2006, durante um evento de cunho ambiental. O movimento é designado como coletivo por envolver Estado, empresas, instituições científicas, ONGs, proprietários rurais e se tratar de um interesse comum.
A reunião abriu espaço para que empresas e instituições, como IBAMA/BA, IMA/BA, Fibria e Suzano demonstrassem suas atuações locais em restauração do meio ambiente. As explanações e amostras foram ministradas intercalando as apresentações com questionamentos e debates da platéia. Experiências regionais já desenvolvidas foram expostas, como o Instituto Cidade, Corredor Ecológico Monte Pascoal- Pau Brasil; CooPlantar, Cooperativa de Reflorestadores de Mata Atlântica do Extremo Sul da Bahia; Instituto BioAtlântica, Mosaicos Florestais Sustentáveis e Restauração e preservação de áreas protegidas, Flora Brasil.
André Nave, do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, falou sobre a restauração de reserva legal e áreas agrícolas com espécies nativas regionais, com fins econômicos. Ricardo Ribeiro, também do Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal (LERF/ESALQ/USP), apresentou as metodologias para que tal restauração seja possível. Pedro Brancalion (LERF/ESALQ/USP) e Chris Holvorcem, do Instituto BioAtlântica abordaram o tema “ Redes locais de produção de sementes e mudas de espécies nativas”.
Ao final, depois de estabelecidas as principais diretrizes de restauração, houve um espaço para que técnicos locais recebessem capacitação, esses técnicos foram indicados pelas instituições e terão, credencial de projetos de restauração no site do Pacto.
O Pacto

A conservação da biodiversidade e de demais atributos da Mata Atlântica depende de um conjunto articulado de estratégias, incluindo a criação e a implantação de Unidades de Conservação, Mosaicos e Corredores ecológicos, a promoção do uso sustentável dos recursos naturais, a eficácia de instrumentos de fiscalização e controle, políticas de pagamento por Serviços Ambientais, a averbação de Reservas Legais (RL).
Áreas de Preservação Permanente (APP) entre outras. Considerando o histórico de degradação e o alto grau de fragmentação dos remanescentes da Mata Atlântica, torna-se impossível viabilizar a preservação dos ciclos naturais, do fluxo gênico, edos serviços ambientais fornecidos pela floresta, sem priorizar políticas, programas e projetos de grande escala voltados à restauração do bioma.
Por esta razão foi criado o Pacto pela Restauração da Mata Atlântica, que busca articular os projetos de restauração de instituições públicas e privadas, governos, empresas e proprietários com o objetivo de integrar seus esforços e recursos para a geração de resultados em conservação da biodiversidade, geração de trabalho e renda na cadeia produtiva da restauração, manutenção, valoração e pagamento de serviços ambientais e adequação legal das atividades agropecuárias nos 17 estados do bioma.
A meta do Pacto pela Restauração da Mata Atlântica é a restauração florestal de 15 milhões de hectares até o ano de 2050, distribuídos em planos anuais aprovados por seu Conselho de Coordenação.

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